SPIN OF SP24HRS — CANDY
A paulista criada no Paraná compartilha sua jornada entre a música eletrônica, a afirmação LGBT+ e a construção de um espaço possível na cena musical eletrônica brasileira.
Nascida no interior de São Paulo (em Águas de Lindóia) e criada entre cidades do Paraná (Paranavaí, Cia Norte, Maringá), Candy, aos 24 anos, encontrou na noite e na música eletrônica uma forma de expressão, trabalho e liberdade.
Em entrevista ao SP24hrs, ela conta como se tornou DJ, a partir de referências familiares musicais; tensões que viveu tocando em pistas mais heteronormativas; Sua mudança para a cidade e o encontro com a cena independente de São Paulo; e os processos de se entender como pessoa LGBT+ e queer. Tudo isso enquanto constrói sua carreira sem pressa, mas com foco, afeto e consistência.
Nesse mês do orgulho LGBT+, conversamos sobre sua história e vida:
Qual foi seu primeiro contato com a música eletrônica?
Meu primeiro contato com música veio do meu avô. Ele consertava caixas de som em bailes de forró e, enquanto testava os equipamentos, colocava os discos que tinha para tocar — diversos ritmos dançantes para os padrões da época. Cresci ouvindo aquilo tudo, dançando sozinha, sentindo a batida no corpo sem nem entender direito o que era. Minha mãe também sempre gostou muito de música e maquiagem. Apesar de ter crescido em um lar evangélico, tive um ambiente sonoro e criativo na infância e adolescência.